Bem vindo e fique a vontade. Agradecemos qualquer comentário, sugestão, crítica ou colaboração.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Matéria da Revista Valer Cultural ano II, N° 10 Abril/Maio de 2014

Páginas 80 e 81

Páginas 82 e 83
            Abaixo o link para visualização completa da revista. A devida matéria está quase no final da revista. 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Turma da Tribo Será Destaque no Dia do Quadrinho Nacional em Macapá


        A história em quadrinhos Turma da Tribo, criação de Gian Danton com desenhos de Ricardo Manhães será lançado dia 01 de fevereiro, a partir das 14 horas, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, como parte das comemorações do dia do quadrinho nacional em Macapá. O gibi foi um dos projetos contemplados com o edital de literatura Simãozinho Sonhador, da Secult-AP.

Turma da Tribo é uma história em quadrinho infantil voltada para temas amazônicos, como a preservação da floresta. Nela a realidade local, como um jantar à base de açaí e camarão, se mistura ao traço europeu de Manhães. Repleta de trocadilhos e palavras regionais, a série também se destaca pelo humor gráfico.

Na história, os índios Poti, Apoema e Toró encontram uma área de floresta devastada, com árvores caídas para todos os lados. Logo descobrem que se trata do plano de um vilão e seus desastrados ajudantes, que pretendem se apoderar de toda a madeira de lei da reserva. Para impedi-los, o trio contará com a ajuda de Baquara, o inventor da tribo. Mas a grande ajuda mesmo acaba vindo de um ser da floresta, o Caipora.

Gian Danton (pseudônimo do professor universitário Ivan Carlo Andrade de Oliveira) é roteirista de quadrinhos desde 1989, já tendo trabalhado para diversas editoras e revistas, entre elas a MAD. Durante anos foi o roteirista de Joe Bennett, com o qual criou a cultuada HQ Família Titã.  Seu trabalho mais conhecido na área foi o texto da graphic novel em duas partes Manticore, ganhadora dos prêmios Ângelo Agostini, HQ Mix  e Nova. Foi um dos selecionados para o álbum MSP+50 em homenagem aos 50 anos de carreira  de Maurício de Sousa, para o qual produziu uma versão vintage do Astronauta, com desenhos de JJ Marreiro. Seu livro Grafipar, a editora que saiu do eixo, foi indicado este ano para o prêmio HQ Mix na categoria melhor livro teórico.

Ricardo manhães é ilustrador e autor de história em quadrinhos. Trabalhando há mais de 14 anos para o mercado europeu de HQ , conta com participações em coleções importantes do mercado Francês e Belga como “Les Guides  en BD” e “Les Foot Furieux”, e também várias publicações traduzidas para o Holandês. Todos os álbuns  publicados, seja solo ou em participações, somam mais de 160.000 exemplares vendidos na Europa. Em 2010 foi convidado a fazer sua versão da Turma da Mônica, em estilo Franco-Belga de humor, para o álbum MSP+50 em homenagem aos 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa.

O dia do quadrinho nacional foi instituído em 1985 para homenagear o desenhista Ângelo Agostini, que em 30 de janeiro de 1969 publicou a primeira tira do personagem Nhô Quim, sendo um dos pioneiros mundiais. Desde 1985, 30 de janeiro é o dia do quadrinho nacional. Em Macapá a data será comemorada só no dia 1 de fevereiro e incluirá, além do lançamento do gibi Turma da Tribo, palestras e filmes. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Crônica Sobre o Símbolo do Clube dos Quadrinheiros de Manaus

Toda classe, grupo ou estereótipo tem algum tipo de representação simbólica. Seja um elemento natural, um caractere, uma flâmula ou um brasão, a ideia se expressará diretamente, subjetivamente ou metaforicamente. No gráfico, no multi dimensional ou mesmo no imaginário, a apresentação se impõe figurante. Porém, há aquelas simbologias estigmatizadas, que nascidas do vurmo contra cultural, são tão significantes quanto a escuridão para a claridade.
No ano de 1992, quando o Clube dos Quadrinheiros de Manaus foi criado, a missão de elaboração de seu símbolo, foi delegada ao artista plástico/desenhista/poeta João Castilho Neto. Em poucos dias, o mestre que na época contava com 42 anos de idade[1], apareceu em reunião deste grupo com o produto final. A forma circular com o nome Clube dos Quadrinheiros de Manaus rodeando o desenho, mostrou-se ideal para sua aplicação propagandista e qualquer outro tipo de atribuição. A técnica era do preto e branco simples, na mais fiel referência à arte autoral. O desenho em si, um animal lendo uma revista em quadrinhos. Diga-se de passagem que, ler histórias em quadrinhos é a conjugação que melhor define o ser quadrinheiro[2]. O bicho, um urubu. A logomarca foi acatada unanimemente.
No decorrer de todos esses anos, o Clube dos Quadrinheiros de Manaus ganhou muitas negações do poder público e privado em suas empreitadas independentes, como um urubu discriminado pela grande maioria. O quadrinheiro, membro do Clube, dificilmente é convidado para algum tipo de parceria. Exatamente como o urubu, um “marginal” do reino animal, que não chega nem a ser caçado por ter carne indigesta (a única vantagem disto é não ter predador natural). Por muitas vezes, sem nenhum tipo de recurso, o quadrinheiro, membro do Clube, usa da criatividade, fazendo reaproveitamento e reciclagens de suas ferramentas e de suas técnicas, para finalizar suas obras. Assim como o urubu, que encontra em qualquer canto seu lar e em qualquer lixeira seu alimento. No seu amadurecimento, o quadrinheiro, membro do Clube, corrige erros de seu passado e explana sua experiência em busca de profissionalização e dignidade em seus feitos contemporâneos[3]. Bem como o urubu que, no planar de seu voo tranquilo, espreita sereno a todos à quilômetros de altura.
Até hoje ainda há quem não se identifique com a nobreza deste ovíparo singular e mesmo quem não compreenda seu simbolismo lírico urbano. Contudo, as gerações se renovam num ciclo infindável de quadrinheiros do Clube, que tomam novos rumos, com o passar do tempo e de outros que chegam, com grande fome de produzir algo e agregar, portando camisetas nerds, escutando The Clash e lendo Baudelaire. Logo, não é difícil chegar a conclusão de que nenhum outro animal ilustra com tal perfeição o Clube dos Quadrinheiros de Manaus, como o urubu. Afinal, desprezado ou não, se trata de um animal que, como outro qualquer, só vive o direito de manter sua espécie.
Lembrem-se que enquanto houver claridade, haverá a escuridão, com todos os seus elementos pertinentes. Como diriam os Titãs, “...oncinha pintada, zebrinha listrada, coelinho peludo, vão se...”.

Por: Mário Orestes Silva


[1] Até a publicação deste texto, Castilho ainda continua em plena produção artística em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo.
[2] Quadrinhista ou Quadrinista, é o nome dado àquele que faz histórias em quadrinhos, a profissão. Quadrinheiro é o termo que significa aquele que compra, coleciona, cultua ou simplesmente lê histórias em quadrinhos.
[3] O Clube dos Quadrinheiros de Manaus acaba de adquirir seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Natal em Quadrinhos

Vídeo Making off de nossa exposição Natal em Quadrinhos.

Clube dos Quadrinheiros de Manaus Homenageará Clássicos das HQs

A mostra começa nesta sexta-feira e segue até o dia 12 de janeiro de 2014, na Galeria do Largo
[ i ]A exposição terá seis painéis em formato A0 e 38 em A3, todos emoldurados, além de um mosaico composto por 70 desenhos em A4
Manaus - Enquanto Calvin e Haroldo arrumam os ornamentos de um pinheiro, o gigante Hulk recebe das mãos de uma menininha um singelo presente. É dessa forma que o clima das festas de fim de ano invadiu os universos de personagens clássicos da ficção na mostra ‘Natal em Quadrinhos’, do Clube dos Quadrinheiros de Manaus. Com estreia marcada para esta sexta-feira (13), a exposição segue até 12 de janeiro de 2014, na Galeria do Largo (Largo São Sebastião - Centro).
Cerca de 20 artistas se mobilizaram durante três semanas para produzir o material — seis painéis em formato A0 e 38 em A3, todos emoldurados, além de um mosaico composto por 70 desenhos em A4. “O tempo foi pouco, mas porque a atividade surgiu de uma coincidência”, afirmou o presidente do clube, Bero Vidal.
“Temos um projeto chamado ‘Arquivo’, que presta homenagem a grandes nomes dos quadrinhos. Allan Moore era a bola da vez e fomos procurar um espaço para receber nossos trabalhos. Quando chegamos à Galeria do Largo, fomos avisados da necessidade em ser algo com a temática natalina e topamos o desafio, mesmo tendo o apertado prazo de três semanas”, complementou.
Enquanto Moore aguarda sua própria exposição — o clube ainda negocia local —, criações de Ziraldo, Maurício de Souza, Frank Miller, entre outros, ganharam versões devidamente adaptadas a esta época do ano. “Devemos finalizar tudo até quarta-feira”, avisou Bero, ao emendar: “Foi algo que deu muito trabalho porque ainda tivemos o cuidado de não repetir personagens”.
Releituras
Apesar do tom de homenagem, as artes produzidas com Wolverine, Garfield, Recruta Zero, Batman, Mafalda, Menino Maluquinho, Tintin, entre outros, apenas lembram os originais. Segundo Bero, o propósito é exaltar os traços dos artistas envolvidos. “Os membros do clube podem, assim, registrar suas assinaturas e apresentar-se ao público. Além disso, fugimos do óbvio”.
Moore e mais
Em negociação de espaço, a exposição de Allan Moore — que também segue os moldes da ‘Natal em Quadrinhos’, trazendo releituras — deve ter definições até a próxima semana. “Serão 18 painéis para cada artista envolvido”, disse. “Depois dele, o projeto ‘Arquivo’ homenageará Frank Miller e grandes nomes japonenses”, encerrou Bero.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Roteiro nas Histórias em Quadrinhos - Gian Danton

Já entrevistado neste blog, Ivan Carlo Andrade de Oliveira, mais conhecido pelo pseudônimo de Gian Danton, destrincha no livro “O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos” toda a ciência por trás da tarefa de escrever a nona arte. Com linguajar acessível e, por vezes, explicando termos técnicos, o autor demonstra que não existe muita dificuldade latente nesta façanha, senão, estudo, leitura assídua, dedicação e muita pesquisa.
Capa do ótimo livreto de Gian Danton
Como toda obra com cunho educativo, este livreto (infelizmente o livro possui formato pequeno e poucas páginas) tem toda linhagem didática necessária. O que é um roteiro, quais os tipos existentes, como formatar, seus componentes, adaptações, gêneros e muito mais. Tudo está ali, muito bem explicado, com exemplos, indicações de leitura, ilustrações, bibliografia e o que mais for preciso para que alguém se inicie na empreitada. Em algumas passagens, nota-se uma certa contenção do autor que poderia explorar um pouco mais o abordado no capítulo, mas vale frisar que este não é o primeiro escrito de Danton sobre o tema e provavelmente não será o último. A propósito, o mesmo possui um blog que trata exclusivamente de roteiro nas histórias em quadrinhos (http://roteiroquadrinhos.blogspot.com.br/), e não é difícil de se encontrar textos diversos de Gian em outros domínios que servem como embasamento para o estudo. Em outras passagens, dentre os exemplos, repetem-se algumas obras. Contudo, uma vez conhecidos estes, fica fácil compreender a repetência, devido à complexidade dos citados e de suas importâncias históricas no universo das histórias em quadrinhos. Pra fechar o livro, Ivan Carlo apresenta uma análise detalhada do processo de criação de sua obra prima “Manticore” (premiada Graphic Novel lançada no início da década de 90 pela editora Monalisa).
O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos” de Gian Danton não é indicado apenas para aspirantes a roteiristas, mas também para quem deseja entender um pouco mais o sistema criativo das HQs e o quão repleto de riquezas são essas poderosas ferramentas artísticas de entretenimento e comunicação.
Editora: Marca de Fantasia; ano de 2010; 102 páginas.

sábado, 19 de outubro de 2013

Lourenço Mutarelli Ilustra Cidade de Manaus em Novo Álbum

Érico Assis

14 de Agosto de 2013

Sem periodicidade definida e sempre causando alguma surpresa, o projeto Cidades Ilustradas - que convida quadrinistas para representar grandes cidades brasileiras em desenho - lança mais um volume este ano: Manaus, a cargo de Lourenço Mutarelli.
Com experiência de quadrinista e romancista, Mutarelli não se restringiu apenas às ilustrações. Suas imagens no álbum são acompanhadas de um pequeno conto, distribuído de frase em frase pelas páginas.
Antes com autores estrangeiros - Miguelanxo Prado, David Lloyd, Carlos Nine -, a série Cidades Ilustradas agora tem dado destaque a quadrinistas nacionais: no ano passado, saíram São Luís, por Fábio Moon e Gabriel Bá, e Niterói, por Joaquim da Fonseca.

Cidades Ilustradas: Manaus tem 72 páginas em capa dura e custa R$ 69. O projeto é da editora Casa 21, com distribuição da editoraZarabatana.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Registros da Exposição "Arquivos - Neil Gaiman"

         Abaixo algumas fotos da exposição coletiva itinerante do Clube dos Quadrinheiros de Manaus que homenageia o escritor Neil Gaiman.





























segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mauricio de Souza em Manaus

    Mauricio de Souza vai estar em Manaus para lançar projeto da prefeitura
    Mauricio de Souza vai estar em Manaus para lançar projeto da prefeitura(Reprodução/Internet)
    O cartunista Maurício de Souza, responsável pelos famosos quadrinhos da “Turma da Mônica”, vai estar em Manaus na segunda-feira (23), para inaugurar o projeto "Quadrinho na Escola", que visa incentivar alunos de 1º ao 9º ano a praticar a leitura por meio de gibis.
    O lançamento está programado para acontecer no auditório Eulálio Chaves, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com a presença dos alunos da rede municipal de ensino e da filha do cartunista, Mônica, que inspirou a icônica personagem baixinha e dentuça.
    De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o Projeto vai alcançar mais de 172 mil estudantes e disponibilizando mais de 345 mil obras de Maurício de Souza, dentre elas as aventuras da “Turma da Mônica”, “Pelezinho” e “Ronaldinho Gaúcho”.
    O Projeto contará com a participação de professores, pedagogos e bibliotecários que irão trabalhar com os alunos a leitura e interpretação de texto, produção textual, formação de palavras, escrita correta, entre outros.
    A ideia de usar o gibi como ferramenta pedagógica partiu do Secretário de Municipal de Educação, Pauderney Avelino, que ao visitar as escolas percebeu um déficit de leitura por parte das crianças.
    “Em visita às escolas percebi que havia muitos alunos do 2º, 3º e até 4º ano que não sabiam ler corretamente. Lembrei de quando era criança e como os gibis despertaram meu interesse pela leitura”, afirmou Pauderney.
    Levando a leitura para casa
    Após as aulas, os alunos poderão levar as histórias em quadrinhos para casa e continuar viajando na leitura em seu lar. Para isso, os pais assinarão um termo de compromisso de devolução das obras.
    “A ideia é permitir que os alunos levem a revistinha para casa e compartilhem com os irmãos, mas ao finalizar a leitura devolvam os gibis para a escola”, disse Pauderney.
    'Curumim'
    A obra "O Curumim" do jornalista e cartunista amazonense, Mario Adolfo, também fará parte do acervo de revistinhas do projeto. A história do pequeno aventureiro indígena, conhecido como "o último herói da Amazônia", que este ano completou 30 anos, dará um ar mais regional ao projeto de leitura.

    sexta-feira, 13 de setembro de 2013

    Juiz Dredd - Especial Origem

    Érico Assis

    juiz dredd
    Além de trazer de volta Juiz Dredd  e o material da revistabritânica 2000AD  ao Brasil com a Juiz Dredd Megazine, a editora Mythos  anunciou o primeiro álbum de luxo com opersonagem. É Juiz Dredd: Origens, que conta o que o próprio subtítulo já diz.
    Não é a primeira história de Dredd, mas sim uma nova versão da origem, publicada entre 2006 e 2007 na 2000AD- quando o policial-juiz casca-grossa estava comemorando 30 anos. Os próprios criadores de Dredd, John Wagner e Carlos Ezquerra, assinam a origem.
    A edição especial tem 196 páginas em capa dura e vai custar R$ 69,90. A previsão de lançamento é ainda para este mês.

    segunda-feira, 2 de setembro de 2013

    O Processo de Produção de uma HQ Online

    Confira o vídeo postado pelo cartunista Will Leite, autor da tira online "Will Tirando". Aqui ele narra o processo de produção de uma tirinha, do roteiro até a preparação do arquivo para postagem na homepage. Uma ótima dica para quem está começando a fazer quadrinhos e quer se aventurar no mundo dos quadrinhos virtuais! Link original: http://www.willtirando.com.br/?post=1282

    sábado, 24 de agosto de 2013

    Ben Affleck é o Novo Batman

    Ben AffleckUm dos assuntos mais comentados das últimas semanas chegou ao seu desfecho, e mais rápido do que o esperado. Após muitas especulações, a Warner Bros. confirmou que Ben Affleck foi escalado para ser o novo intérprete de Bruce Wayne/Batman, na sequência de O Homem de Aço. A data oficial da estreia do longa-metragem, ainda sem título definido, é 17 de julho de 2015.
    Zack Snyder retorna como diretor, juntamente com Henry Cavill (Clark Kent/Superman), Amy Adams (Lois Lane), Diane Lane (Martha Kent) e Laurence Fishburne (Perry White).
    Affleck, de 41 anos, é o mais recente ator a vestir a máscara do herói nas telonas. Antes dele, Michael Keaton (Batman e Batman – O Retorno), Val Kilmer (Batman Eternamente), George Clooney (Batman & Robin) e Christian Bale (trilogia O Cavaleiro das Trevas, dirigida por Christopher Nolan) desempenharam o mesmo papel.
    Sua idade vai ao encontro da notícia de que aWarner pretende apresentar um Batman mais experiente, na casa dos 40 anos. Além disso, Affleck virou um dos profissionais mais requisitados pelo estúdio nos últimos anos, graças aos filmes que dirigiu. Ele chegou a ser cogitado para comandar o longa-metragem da Liga da Justiça, mas o projeto foi engavetado.
    “Sabíamos que precisávamos de um ator extraordinário para esse que é um dos super-heróis mais populares da DC Comics, e Ben Affleck certamente preenche os critérios”, afirmou Greg Silverman, presidente da Warner.
    Para Snyder, Affleck é um bom contraponto para o Superman de Cavill. “Ele tem talento para criar um personagem multifacetado, mais velho e sábio do que Clark Kent e que traz marcas de sua longa luta contra o crime. Em contraponto, possui o charme que o mundo enxerga no bilionário Bruce Wayne”, afirmou.
    Affleck tem uma carreira de altos e baixos, marcada por um ressurgimento nos últimos anos. Em 1997, ganhou um Oscar pelo roteiro de Gênio Indomável, ao lado do amigo Matt Damon. Sua carreira decolou e ele passou a ser um dos atores mais requisitados de Hollywood, mas projetos de qualidade duvidosa o marcaram nos anos seguintes.
    A reviravolta em sua carreira na indústria cinematográfica começou quando decidiu se dedicar ao cargo de diretor (mas sem abandonar a atuação), fazendo produções elogiadas pela crítica, como Medo da Verdade (2007), Atração Perigosa (2010) e Argo (2012). Este último foi o vencedor do Oscar deste ano, como melhor filme.
    O ator não é estranho ao mundo dos quadrinhos. Em 2003, há exatos dez anos, ele viveu o papel principal em Demolidor, personagem da concorrente Marvel. Entretanto, o filme foi mal recebido.
    Já em 2006, participou de Hollywoodland. Curiosamente, interpretou o papel de George Reeves, ator que viveu o Superman no antigo seriado televisivo, e chegou a vestir a roupa do Homem de Aço.

    terça-feira, 30 de julho de 2013

    100 Balas

                      A cada década que passa, fica mais difícil haver algum lançamento em quadrinhos que tenha algum diferencial dentre a grande maioria que impera nas editoras, recheada de mesmices e reboots. Pois na série “100 Balas”, criada por Brian Azzarello com desenhos de Eduardo Risso, encontramos este diferencial que fica claro para o leitor, sem deixar margens de dúvidas.
    Capa de uma das edições lançadas no Brasil
    Do original em inglês “100 Bullets”, a obra da série Vertigo, pertence à DC Comics e foi lançada no Brasil pela Panini Comics, alcançando tanto sucesso de vendas quanto de críticas. Prova que estamos falando de uma HQ criativa, está no fato dela ter ganho o Prêmio Eisner de Melhor Arco de Histórias.
    A trama é basicamente do gênero policial realista com muita violência. Apresenta as jogadas propostas pelo enigmático personagem que se apresenta como agente Graves. Este homem carrancudo, sempre muito bem vestido, aparece na vida de alguém que tenha passado por algum tipo de grande injustiça, oferecendo uma mala contendo uma pistola automática sem número de série com o acompanhamento de 100 balas, não rastreáveis como munição. Também acompanha o pacote, fotos, endereço, nomes de parentes e toda informação a respeito do responsável pela injustiça. O único objetivo do misterioso Graves, é o de promover a vingança. Basicamente tudo começa com algum tipo de traição, ação mal resolvida, emboscada, ou outro tipo de acaso que deixa alguém marcado para sempre com uma tragédia. Porém, surge o sombrio agente com a proposta na maleta para uma reviravolta na vida do afetado. Então o que temos a cada história, é um caso diferente com personagens diferentes, situações diferentes, mas com um ponto em comum. Muito sangue e muita violência.
    100 Balas exibe violência, sangue, mas muita criatividade
    Com todos os clichês de uma história policial, 100 Balas quebra a monotonia e eleva a Nona Arte a um patamar adulto conseguido apenas por Neil Gaiman, Alan Moore, Moebius e Katsuhiro Otomo. Possível encontrar em fascículos separados ou encadernados. Procure adquirir na internet que é material de qualidade excepcional. Não demorará pra que haja adaptação cinematográfica.

    quarta-feira, 24 de julho de 2013