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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Groo - O Errante

Sátira direta ao bárbaro cimeriano Conan (personagem em quadrinhos mais famoso do escritor americano Robert Ervin Howard), Groo – O Errante, foi criado pelo traço marcante e detalhista do premiado quadrinhista espanhol, naturalizado mexicano, Sergio Aragonés (alcançou fama na década de 60 ao produzir as marginais da revista Mad) e recebia os roteiros de Mark Evanier.  Publicado no Brasil pela Editora Abril em gibis de formato americano, alcançou boas vendas e grande recepção de crítica e fãs de boas histórias em quadrinhos.
Bem como Conan, as histórias do errante Groo acontecem numa era pré medieval qualquer e mostra um também bárbaro nômade, grande mestre na arte da batalha com espadas que não era derrotado nem por um exército completo.  Contudo, Groo tem algumas particularidades um tanto tenebrosas.  Sua personalidade é extremamente ingênua e tão desprovida de inteligência quanto uma porta.  Desculpem a gafe.  Uma porta é bem mais inteligente que Groo.  A burrice é tanta que por várias vezes ele nem sabe bem quem matar e o porque.  Por isso é constantemente explorado por usurpadores que se aproveitam de seus dotes como guerreiro, mas seus planos caem por terra sempre, devido a alguma calamidade causada pela extrema ignorância de Groo.  É comum destruição completa de cidades e vilarejos que teem o azar de receber a visita do errante.  Aliás, no tocante a azar, qualquer ponte por onde Groo passa cai e qualquer barco que ele entra, afunda.  Os mais espertos fogem assim que avistam a chegada do bárbaro, pois a infâmia de desgraçado é grande a ponto de ser lendária.  Em contra ponto ao estereótipo imaginado, este guerreiro em vez de atlético, é gordo, feio, estabanado e glutão extremamente cego por queijo derretido e carne de javali.
Alguns personagens secundários são constantes em suas histórias.  O mago que é um feiticeiro idoso, conselheiro de Groo e que sempre tem o azar de o encontrar por acaso, é visto pelo guerreiro como um grande mentor.  Um bobo de corte que cantarola as introduções das histórias se faz narrador as vezes.  Seu fiel cão Rufferto, que aparenta mais inteligência que o dono, porém ingênuo em segui-lo nas aventuras, também é companheiro de saga e remete a Dom Quixote e Sancho Pança.
O clima aventureiro bucólico de monstros, bruxas, castelos, dragões, piratas e batalhas épicas ganha todo um tom hilário com humor negro que pode gerar surpresas e gargalhadas com as sempre inesperadas situações conseqüentes da infinita estupidez de Groo.
Procure em algum sebo ou compre o que encontrar pela Internet que é diversão garantida.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011