Bem vindo e fique a vontade. Agradecemos qualquer comentário, sugestão, crítica ou colaboração.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Ghost in the Shell Será Relançado no Brasil

Ghost in the Shell LançamentoClássico que ganhará adaptação para os cinemas de Hollywood chega ao Brasil.
A editora JBC anunciou um presente para os fãs de Sci-Fi. Trata-se de Ghost in the Shell, mangá de Masamune Shirow que deu origem ao conceituado filme animado e que ganhará uma adaptação americana em breve (com Scarlett Johansson no papel principal). A obra original foi lançada na revista seinen Young Magazine no ano de 1989, em um volume completo. Ele ainda ganhou duas continuações diretas – Ghost in the Shell 1.5 e Ghost in the Shell 2 – mas ainda não temos a informação se esse material virá, de fato, para o Brasil. O mangá deverá vir com um formato para livrarias (preparem seus bolsos) e um acabamento superior ao que conhecemos. Ainda não há data de lançamento.
Em um futuro próximo, a tecnologia tem formado firme raiz na sociedade em geral. Implantes cibernéticos não são nada incomuns e robôs vagam tão abundantes como os seres humanos, todos conectados através de seus “Ghosts” para os fluxos de dados eletrônicos da rede. A tenente Kusanagi Motoko e a Seção 9 de Segurança Pública  encontram-se em uma batalha constante com a onda recém criada de terroristas tecnológicos e de ciber-hackers. Mas as coisas tomam um rumo inesperado quando Motoko se encarrega de um determinado caso envolvendo um extremamente perigoso hacker “Ghost” apelidado de Puppeteer. A partir desse caso, ela mergulha cada vez mais fundo na realidade ilimitada da rede para chegar a suas próprias conclusões surpreendentes.
Por: DHI no chuvadenanquim.com.br

sábado, 21 de março de 2015

Entrevista com Ednardo Nogueira

Com uma produtividade incansável que vem conseguindo seu devido reconhecimento, no desenvolvimento de seu legado, Ednardo Nogueira é artista gráfico autodidata desde 1988. Atua como desenhista publicitário, tatuador e profundo pesquisador no seu trabalho que explora lindamente a história colonial de sua terra natal, o estado do Ceará e um pouco mais do nordeste brasileiro. Demonstrando humildade e a segurança de quem sabe muito bem o que caminho que está trilhando, Ednardo cedeu gentilmente a entrevista abaixo.


Clube dos Quadrinheiros de Manaus: Há algum tempo que você vem realizando uma série chamada Contos do Siará, onde você explora os elementos históricos do nordeste brasileiro, inclusive da época de colonização. Como se dá o seu processo de pesquisa para a série e como tem sido a sua aceitação?

Ednardo Nogueira: Há precisamente três anos que estou escrevendo e desenhando esse projeto chamado Contos do Siará; e é uma produção independente não comissionada por editor algum, senão pelo meu próprio interesse em produzir alguma coisa de nossa cultura que leve nosso povo a alguma reflexão, que eu mesmo estou sendo levado, à medida em que me dedico a esta produção.
E a pesquisa é mais difícil do que imaginava.
Realmente tenho visto um desinteresse tão grande, tanto nas pessoas de conhecerem sua história como nas instituições em fazerem essa história ser mais conhecida. Veja bem! Como por exemplo que três documentos históricos importantíssimos: um escrito pelo padre Figueiras em 1608, outro pelo Martim Soares Moreno em 1612 e o Diário de Matias Beck de 1649. Esses documentos, que eu imaginava que ia encontrar várias edições em qualquer livraria foram publicados pela última vez em 1967, peloInstituto do Ceará; e eu só tive acesso a esta edição do grande Thomás Pompeu Sobrinho, graças a um amigo historiador, o Ernane Pereira, que me emprestou a raridade, cujas páginas amareladas se rasgam sob ferrugem dos grampos.
Então minha pesquisa só foi possível graças a internet e aos amigos historiadores que ao conhecerem meu trabalho me ajudaram suprindo material em forma de links, livros e orientações.
Eu me dediquei a ler os historiadores Raimundo GirãoCapistrano de AbreuGustavo BarrosoBarão de Studart e outros mais. De repente me vi tendo de entender a questão indígena, as questões dos negros, então passei a conhecer e manter contato com pessoas ligadas aos atuais movimentos, entre eles o historiador e escritor Hilário Ferreira, engajado até os dentes no movimento Consciência Negra, e o cacique Dourado.
Ednardo Nogueira na prática de sua maior paixão: o desenho
Eu leio muito. Não só para conhecer a história como também compreendê-la, e isso se estendendo para a história do Brasil e de Portugal, França e Holanda.
Tendo o texto em mãos, passo a desenhar simultaneamente, e ao desenhar, vou reinterpretando a história, e como se trata do quadrinhos e não de um livro ilustrado, tenho que criar personagens e situações fictícias para desenvolver prováveis diálogos. Então entra a parte da ficção. Acho que isso exige muito de alguém que não é escritor profissional. Infelizmente não encontro ninguém disposto a entrar nessa missão de escrever para mim.
As pessoas aceitam muito bem e com muita admiração o nosso Contos do Siará. Dos primeiros capítulos que faço impressões avulsas e vendo. As pessoas compram, lêem, gostam e depois me procuram para saber quando será publicado. Já duas emissoras de TV vieram me entrevistar, diretores me chamam pra oficinas de desenhos nas escolas infantis, professores me contratam para fazer alguns desenhos pra monografias. Recentemente fins uns desenhos para o Instituto Maria da Penha... E assim a caravana segue firme e forte.

C.Q.M.: Você sempre disponibiliza os rascunhos de seus desenhos, mesmo antes de vários deles serem publicados. Você nunca teve problemas devido a isso?

E. N.: Se fosse possível, se eu tivesse recursos e se não existisse a pirataria, eu distribuiria Contos do Siará gratuitamente, de pessoa pra pessoa. E as vezes faço isso, para determinadas pessoas que eu sei que me trarão um retorno bem mais valioso, mas é um risco vender o material avulso ou disponibilizar as páginas na internet. Entretanto, ainda vai demorar um pouco pra publicar essa obra, e de um jeito ou de outro eu tenho que divulgar e torná-la conhecida. Prefiro correr esse risco e, até agora, não tive problemas com plágios, certamente porque hoje, a febre dos super-heróis ainda está em alta. Um trabalho que se baseia na história colonial do Brasil é uma pérola oculta.
Realmente até mesmo quando apresentei Contos do Siará, na Feira de Empreendedores do SEBRAE, no Centro de Convenção do Ceará, os artistas e editores gostaram da idéia e do material, mas não vi real interesse em publicar. Muitos dizem pra mim, procurar os editais do governo e da prefeitura, talvez quando concluir o material, eu faça isso, mas não estou muito estimulado. Pois sempre que apresento a editoras daqui, eles falam em outros projetos de livros para didáticos e realmente me interessa fazer um trabalho desses. Será muito proveitoso, mas teria que ser um outro material com textos e especialistas da área da educação e os que atuam nessa área, até agora não me deram uma resposta concreta.

C.Q.M.: Quais suas maiores influências nos quadrinhos?

E. N.: Eu já fui um amante dos quadrinhos como todo desenhista iniciante, gostava muito da velha guarda de Jonh Buscema a John Byrne, passando por Frank MillerGarcia LopesRoy Thomas e Jim Steranko. Depois os brasileiros Mike DeodatoRoger Cruz e Joe Madureira, mas eram influências mais de admiração do que de inspiração. O que me influenciou forte mesmo, foram os europeus, principalmente o “pervertido”Serpiere e o ilustre Girard (Moebius). Além destes dois o coreano Klm Jung Gi e alguns artistas de Tex, por exemplo, o Civitelli. O meu trabalho atual segue mais essa linha e procura evitar o sensacionalismo do tipoMarvel – DC.
Não faço heróis super poderosos com roupas colantes e com complexos de identidade. Prefiro a ficção científica misturada com histórias. Gosto de trabalhos independentes como o dos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá. Gosto do mineiro Marcelo Lelis ou de adaptações dos clássicos brasileiros, mas não deixo de admirar alguns artistas da Marvel como o Francis Manapul, e sempre que vejo os mega filmes atuais, dos eternos heróis, tenho um ataque de nostalgia e compro revistas antigas.

C.Q.M.: Percebe-se que você não utiliza quase nada de arte digital, valorizando assim, as técnicas tradicionais. Quais técnicas você mais se sente a vontade em realizar?

E. N.: Olha, eu sou um amante de arte e admiro todas suas formas de expressão, mas não consigo trabalhar, com prazer mesmo, senão com as técnicas tradicionais. Gosto do papel, da tinta Nanquim, lápis, pincel e bico de pena. Não desprezo os meios digitais, pelo contrário, estudo e utilizo o PhotoshopIllustrator e mesa digital, mas não domino tão bem a ponto de trabalhar a arte por esses meios. Faço algumas coisas como as capas, a quadrinização e o letreamento, mas não sei artefinalizar ou colorir e nem tenho um material adequado. Ainda estou aprendendo.

C.Q.M.: Além de quadrinhista, você também é tatuador. A tatuagem sempre esteve muito próxima das histórias em quadrinhos. Até que ponto você converge ambos?

Divulgação do trabalho de grande destaque de Ednardo
E. N.: Eu sempre estou me dedicando a alguma área do desenho. Já fiz outdoor, layouts, letreiros, pinturas e tatuagem é só mais uma outra atuação de minha vida profissional. Hoje como está em alta, tem sido meu atual trabalho, já que não se ganha a vida com quadrinhos tão facilmente.
Quando comecei, há uns onze anos atrás, os tatuadores separavam muito o desenho da tatuagem, como se isso fosse possível. Pra mim tudo é desenho, seja no papel, na tela ou na pele. Só muda as técnicas e ferramentas, e todo tatuador acaba investindo em cursos de desenhos, se quiserem se destacar mesmo. Por outro lado, nem todo desenhista consegue dominar a técnica da tatuagem que requer conhecimento e certa precisão na aplicação da tinta na epiderme.
Eu trabalho com meu irmão, o Dereka, no estúdio dele, a Freedom of Tattoo e apesar de eu desenhar há mais tempo, ele tatua muito melhor do que eu. Então o ponto de convergimento entre o quadrinho e a tatuagem é o conhecimento básico de desenho. O processo de criação é quase o mesmo, mas além da técnica diferenciada, tem também o estilo de desenho que na tatuagem segue um padrão sagrado que tem de ser respeitado. Criar algo novo é um grande desafio que as vezes pode ser um sacrilégio imperdoável!

C.Q.M.: Qual tatuagem mais estranha ou engraçada já lhe foi encomendada?

E. N.: Tem sempre alguma coisa. A galera tem cada idéia! E a intenção com o corpo é um campo cheio para a imaginação. Poderia citar algumas femininas bem ousadas, mas basta uma bem engraçada. Um pitbull nas costas de um cara, uma das pernas fica no braço, assim quando ele levanta o braço, o cão parecia levantar a perna para mijar. Esse trampo sempre desperta espanto em quem vê.

C.Q.M.: Tanto tatuagem como quadrinhos, exige muito tempo de dedicação para conclusão. Como você consegue conciliar o seu tempo a ponto de efetivar ambos com perfeição?

E. N.: Bem, os quadrinhos eu tenho que dedicar todo tempo disponível. Já a tatuagem, é o tempo comercial, mas nem sempre estou tatuando e aí posso fazer uma página ou duas. Mas as vezes não consigo desenhar quadrinhos, porque tenho que criar um desenho para tatuar alguém, e as vezes me falta inspiração para criar tatuagem, porque estou com boas idéias para os quadrinhos. Por isso, só consigo fazer bem uma coisa ou outra, se separar o tempo para me dedicar a uma de cada vez.

C.Q.M.: Além dessas suas duas artes, há alguma outra faceta de Ednardo que não tem tanto destaque?

E. N.: Sempre me sinto desafiado a conhecer alguma coisa, que simplesmente surge como uma vontade egoísta de saber por saber. Por exemplo, tocar violão, só para conhecer a teoria musical; aprender inglês, só para ler títulos originais; estudar história de coisas antigas, de como surgiu isso ou aquilo; de saber como algumas coisas funcionam, nada voltado para o trabalho, que as vezes só ocupam meu tempo, mas que eu tenho de conhecer por conhecer. Mas até que isso me ajuda de um jeito ou de outro.

C.Q.M.: Quais seus próximos projetos, suas metas de curto e longo prazo?

E. N.: Meu projeto de longo prazo é deixar completo o título Contos do Siará, para ser editado e reeditado quantas vezes forem possível; que se torne um trabalho permanente que não me exija mais tanto esforço de criar; que seja algo que meus filhos possam herdar e trabalhar, dando continuidade, talvez se estendendo para a história colonial de cada estado do Brasil e até mesmo para a história do Brasil Império, Brasil República, mas ainda a era Vargas e a época da ditadura militar, que pra mim é também um desafio para compreender, toda faceta que levou a estes acontecimentos. Eu vejo como um trabalho que Bonelli fez com Tex. Uma continuidade de histórias dentro de um arcabouço histórico. Se o tempo ou as tragédias da vida não me permitirem ir tão longe, desejo, pelo menos em curto prazo, deixar material e incentivo para que outros artistas brasileiros esqueçam um pouco o mercado “lá fora” e dediquem alguma energia para a nossa história.
Então meu projeto concreto atual é terminar Contos do Siará, que deve conter três volumes, este primeiro que fala da resistência indígena face a primeira expedição de 1603, o segundo sobre a missão dos jesuítasFigueiras e padre Pinto, nas serras da Ibiapaba em 1607, e por terceiro a missão de Martim Soares Moreno em 1612, que de fato fundou a província do Ceará e se imortalizou na obra de José de AlencarIracema, como o pai dos cearenses.

C.Q.M.: Deixe seus contatos e um recado para os leitores deste blog.

E. N.: As pessoas interessadas em conhecer e ajudar de alguma maneira neste meu trabalho de contar a história colonial do Brasil, podem ver meu blogwww.quadrinhocearense.blogspot.com , podem também entrar em contato pelo artecearense@gmail.com
Tenho também trabalhos de quadrinhos e tatuagens sempre sendo postadas no TwitterInstagramPinterestTumblrWordpress, todos como @ednardonogueira
O recado eu deixo para os leitores é que, conhecer a nossa história e expressar esse conhecimento em alguma forma de arte é um dos melhores objetivos a ser colocado diante de nós como um meio de dar mais importância à vida e combater a banalização da maldade e da violência, dessa época em que vivemos.

terça-feira, 17 de março de 2015

Ozzy Osbourne Ganha Biografia em Quadrinhos

        A Bluewater Productions anunciou o lançamento de uma biografia em quadrinhos chamada "Ozzy Osbourne: The Metal Madman" em versões impressa e digital. O roteiro é de Michael L. Frizell e Jayfri Hashim, com arte de Hashim. A capa foi criada pelo artista Stefano Cardoselli.

Imagem

Mais informações:
http://www.comicfleamarket.com/

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O Livro de Ouro do Recruta Zero

Lançado pela editora Pixel, “O Livro de Ouro do Recruta Zero” é uma antologia grandiosa que traz para o grande público o melhor já reunido sobre este personagem que marcou gerações inteiras com seu humor satírico saudável e estava sumido das prateleiras de bancas de revistas, por algum motivo relacionado a direitos autorais, que privava as pessoas do deleite divertido destes quadrinhos com traços simples e suaves.
Capa de um dos melhores comic books lançados no ano de 2014
O livro abre com um ótimo texto que traz o histórico do personagem Zero e seu universo, desde a sua criação, a evolução por questões mercadológicas e sua publicação no Brasil, inclusive com as citações dos nomes originais de cada personagem e ilustrações raras. Detalhe: a autoria do texto é de ninguém mais, ninguém menos que Otacílio Assunção Barros (o Ota que ganhou notoriedade por sua participação na revista Mad), um fã assumido do personagem recruta. Logo em seguida temos o que mais interessa, as tiras que marcaram a infância e juventude de milhares de pessoas e sendo acompanhadas até hoje, não só por estes mais jovens, como também por adultos e idosos. Todo miolo da obra impresso em papel couchê tem capítulos separados por personagens (ao menos os principais protagonistas) ou por questões marcantes na história do quartel Swampy, como por exemplo, os acampamentos fora do quartel, a constante baderna na tropa e a eterna briga de Zero com o sargento Tainha. Além destes dois que são as figuras principais, temos ainda o cão de estimação do sargento, Otto, a encantadora secretária do general, Dona Tetê, o caipira Dentinho, o anti higiênico cozinheiro Cuca, o galanteador profissional Quindim e vários outros. Pra finalizar o book, uma lauda biográfica do americano Addison Morton Walker, que assina Mort Walker, o autor de toda tropa, que traz duas fotos do mesmo. Uma quando ainda garoto de 15, já fazia dinheiro desenhando e escrevendo as tiras e outra recente, mostrando sua feliz atualidade.
Em suma, “O Livro de Ouro do Recruta Zero”, é um comic book que traz, não apenas o melhor da trupe, mas também uma apresentação generosa deste universo que deu fama a Walker e faz jus a publicação em cerca de 1800 jornais no mundo todo.
127 páginas, ano 2014.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Matéria da Revista Valer Cultural ano II, N° 10 Abril/Maio de 2014

Páginas 80 e 81

Páginas 82 e 83
            Abaixo o link para visualização completa da revista. A devida matéria está quase no final da revista. 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Turma da Tribo Será Destaque no Dia do Quadrinho Nacional em Macapá


        A história em quadrinhos Turma da Tribo, criação de Gian Danton com desenhos de Ricardo Manhães será lançado dia 01 de fevereiro, a partir das 14 horas, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, como parte das comemorações do dia do quadrinho nacional em Macapá. O gibi foi um dos projetos contemplados com o edital de literatura Simãozinho Sonhador, da Secult-AP.

Turma da Tribo é uma história em quadrinho infantil voltada para temas amazônicos, como a preservação da floresta. Nela a realidade local, como um jantar à base de açaí e camarão, se mistura ao traço europeu de Manhães. Repleta de trocadilhos e palavras regionais, a série também se destaca pelo humor gráfico.

Na história, os índios Poti, Apoema e Toró encontram uma área de floresta devastada, com árvores caídas para todos os lados. Logo descobrem que se trata do plano de um vilão e seus desastrados ajudantes, que pretendem se apoderar de toda a madeira de lei da reserva. Para impedi-los, o trio contará com a ajuda de Baquara, o inventor da tribo. Mas a grande ajuda mesmo acaba vindo de um ser da floresta, o Caipora.

Gian Danton (pseudônimo do professor universitário Ivan Carlo Andrade de Oliveira) é roteirista de quadrinhos desde 1989, já tendo trabalhado para diversas editoras e revistas, entre elas a MAD. Durante anos foi o roteirista de Joe Bennett, com o qual criou a cultuada HQ Família Titã.  Seu trabalho mais conhecido na área foi o texto da graphic novel em duas partes Manticore, ganhadora dos prêmios Ângelo Agostini, HQ Mix  e Nova. Foi um dos selecionados para o álbum MSP+50 em homenagem aos 50 anos de carreira  de Maurício de Sousa, para o qual produziu uma versão vintage do Astronauta, com desenhos de JJ Marreiro. Seu livro Grafipar, a editora que saiu do eixo, foi indicado este ano para o prêmio HQ Mix na categoria melhor livro teórico.

Ricardo manhães é ilustrador e autor de história em quadrinhos. Trabalhando há mais de 14 anos para o mercado europeu de HQ , conta com participações em coleções importantes do mercado Francês e Belga como “Les Guides  en BD” e “Les Foot Furieux”, e também várias publicações traduzidas para o Holandês. Todos os álbuns  publicados, seja solo ou em participações, somam mais de 160.000 exemplares vendidos na Europa. Em 2010 foi convidado a fazer sua versão da Turma da Mônica, em estilo Franco-Belga de humor, para o álbum MSP+50 em homenagem aos 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa.

O dia do quadrinho nacional foi instituído em 1985 para homenagear o desenhista Ângelo Agostini, que em 30 de janeiro de 1969 publicou a primeira tira do personagem Nhô Quim, sendo um dos pioneiros mundiais. Desde 1985, 30 de janeiro é o dia do quadrinho nacional. Em Macapá a data será comemorada só no dia 1 de fevereiro e incluirá, além do lançamento do gibi Turma da Tribo, palestras e filmes. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Crônica Sobre o Símbolo do Clube dos Quadrinheiros de Manaus

Toda classe, grupo ou estereótipo tem algum tipo de representação simbólica. Seja um elemento natural, um caractere, uma flâmula ou um brasão, a ideia se expressará diretamente, subjetivamente ou metaforicamente. No gráfico, no multi dimensional ou mesmo no imaginário, a apresentação se impõe figurante. Porém, há aquelas simbologias estigmatizadas, que nascidas do vurmo contra cultural, são tão significantes quanto a escuridão para a claridade.
No ano de 1992, quando o Clube dos Quadrinheiros de Manaus foi criado, a missão de elaboração de seu símbolo, foi delegada ao artista plástico/desenhista/poeta João Castilho Neto. Em poucos dias, o mestre que na época contava com 42 anos de idade[1], apareceu em reunião deste grupo com o produto final. A forma circular com o nome Clube dos Quadrinheiros de Manaus rodeando o desenho, mostrou-se ideal para sua aplicação propagandista e qualquer outro tipo de atribuição. A técnica era do preto e branco simples, na mais fiel referência à arte autoral. O desenho em si, um animal lendo uma revista em quadrinhos. Diga-se de passagem que, ler histórias em quadrinhos é a conjugação que melhor define o ser quadrinheiro[2]. O bicho, um urubu. A logomarca foi acatada unanimemente.
No decorrer de todos esses anos, o Clube dos Quadrinheiros de Manaus ganhou muitas negações do poder público e privado em suas empreitadas independentes, como um urubu discriminado pela grande maioria. O quadrinheiro, membro do Clube, dificilmente é convidado para algum tipo de parceria. Exatamente como o urubu, um “marginal” do reino animal, que não chega nem a ser caçado por ter carne indigesta (a única vantagem disto é não ter predador natural). Por muitas vezes, sem nenhum tipo de recurso, o quadrinheiro, membro do Clube, usa da criatividade, fazendo reaproveitamento e reciclagens de suas ferramentas e de suas técnicas, para finalizar suas obras. Assim como o urubu, que encontra em qualquer canto seu lar e em qualquer lixeira seu alimento. No seu amadurecimento, o quadrinheiro, membro do Clube, corrige erros de seu passado e explana sua experiência em busca de profissionalização e dignidade em seus feitos contemporâneos[3]. Bem como o urubu que, no planar de seu voo tranquilo, espreita sereno a todos à quilômetros de altura.
Até hoje ainda há quem não se identifique com a nobreza deste ovíparo singular e mesmo quem não compreenda seu simbolismo lírico urbano. Contudo, as gerações se renovam num ciclo infindável de quadrinheiros do Clube, que tomam novos rumos, com o passar do tempo e de outros que chegam, com grande fome de produzir algo e agregar, portando camisetas nerds, escutando The Clash e lendo Baudelaire. Logo, não é difícil chegar a conclusão de que nenhum outro animal ilustra com tal perfeição o Clube dos Quadrinheiros de Manaus, como o urubu. Afinal, desprezado ou não, se trata de um animal que, como outro qualquer, só vive o direito de manter sua espécie.
Lembrem-se que enquanto houver claridade, haverá a escuridão, com todos os seus elementos pertinentes. Como diriam os Titãs, “...oncinha pintada, zebrinha listrada, coelinho peludo, vão se...”.

Por: Mário Orestes Silva


[1] Até a publicação deste texto, Castilho ainda continua em plena produção artística em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo.
[2] Quadrinhista ou Quadrinista, é o nome dado àquele que faz histórias em quadrinhos, a profissão. Quadrinheiro é o termo que significa aquele que compra, coleciona, cultua ou simplesmente lê histórias em quadrinhos.
[3] O Clube dos Quadrinheiros de Manaus acaba de adquirir seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Natal em Quadrinhos

Vídeo Making off de nossa exposição Natal em Quadrinhos.

Clube dos Quadrinheiros de Manaus Homenageará Clássicos das HQs

A mostra começa nesta sexta-feira e segue até o dia 12 de janeiro de 2014, na Galeria do Largo
[ i ]A exposição terá seis painéis em formato A0 e 38 em A3, todos emoldurados, além de um mosaico composto por 70 desenhos em A4
Manaus - Enquanto Calvin e Haroldo arrumam os ornamentos de um pinheiro, o gigante Hulk recebe das mãos de uma menininha um singelo presente. É dessa forma que o clima das festas de fim de ano invadiu os universos de personagens clássicos da ficção na mostra ‘Natal em Quadrinhos’, do Clube dos Quadrinheiros de Manaus. Com estreia marcada para esta sexta-feira (13), a exposição segue até 12 de janeiro de 2014, na Galeria do Largo (Largo São Sebastião - Centro).
Cerca de 20 artistas se mobilizaram durante três semanas para produzir o material — seis painéis em formato A0 e 38 em A3, todos emoldurados, além de um mosaico composto por 70 desenhos em A4. “O tempo foi pouco, mas porque a atividade surgiu de uma coincidência”, afirmou o presidente do clube, Bero Vidal.
“Temos um projeto chamado ‘Arquivo’, que presta homenagem a grandes nomes dos quadrinhos. Allan Moore era a bola da vez e fomos procurar um espaço para receber nossos trabalhos. Quando chegamos à Galeria do Largo, fomos avisados da necessidade em ser algo com a temática natalina e topamos o desafio, mesmo tendo o apertado prazo de três semanas”, complementou.
Enquanto Moore aguarda sua própria exposição — o clube ainda negocia local —, criações de Ziraldo, Maurício de Souza, Frank Miller, entre outros, ganharam versões devidamente adaptadas a esta época do ano. “Devemos finalizar tudo até quarta-feira”, avisou Bero, ao emendar: “Foi algo que deu muito trabalho porque ainda tivemos o cuidado de não repetir personagens”.
Releituras
Apesar do tom de homenagem, as artes produzidas com Wolverine, Garfield, Recruta Zero, Batman, Mafalda, Menino Maluquinho, Tintin, entre outros, apenas lembram os originais. Segundo Bero, o propósito é exaltar os traços dos artistas envolvidos. “Os membros do clube podem, assim, registrar suas assinaturas e apresentar-se ao público. Além disso, fugimos do óbvio”.
Moore e mais
Em negociação de espaço, a exposição de Allan Moore — que também segue os moldes da ‘Natal em Quadrinhos’, trazendo releituras — deve ter definições até a próxima semana. “Serão 18 painéis para cada artista envolvido”, disse. “Depois dele, o projeto ‘Arquivo’ homenageará Frank Miller e grandes nomes japonenses”, encerrou Bero.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Roteiro nas Histórias em Quadrinhos - Gian Danton

Já entrevistado neste blog, Ivan Carlo Andrade de Oliveira, mais conhecido pelo pseudônimo de Gian Danton, destrincha no livro “O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos” toda a ciência por trás da tarefa de escrever a nona arte. Com linguajar acessível e, por vezes, explicando termos técnicos, o autor demonstra que não existe muita dificuldade latente nesta façanha, senão, estudo, leitura assídua, dedicação e muita pesquisa.
Capa do ótimo livreto de Gian Danton
Como toda obra com cunho educativo, este livreto (infelizmente o livro possui formato pequeno e poucas páginas) tem toda linhagem didática necessária. O que é um roteiro, quais os tipos existentes, como formatar, seus componentes, adaptações, gêneros e muito mais. Tudo está ali, muito bem explicado, com exemplos, indicações de leitura, ilustrações, bibliografia e o que mais for preciso para que alguém se inicie na empreitada. Em algumas passagens, nota-se uma certa contenção do autor que poderia explorar um pouco mais o abordado no capítulo, mas vale frisar que este não é o primeiro escrito de Danton sobre o tema e provavelmente não será o último. A propósito, o mesmo possui um blog que trata exclusivamente de roteiro nas histórias em quadrinhos (http://roteiroquadrinhos.blogspot.com.br/), e não é difícil de se encontrar textos diversos de Gian em outros domínios que servem como embasamento para o estudo. Em outras passagens, dentre os exemplos, repetem-se algumas obras. Contudo, uma vez conhecidos estes, fica fácil compreender a repetência, devido à complexidade dos citados e de suas importâncias históricas no universo das histórias em quadrinhos. Pra fechar o livro, Ivan Carlo apresenta uma análise detalhada do processo de criação de sua obra prima “Manticore” (premiada Graphic Novel lançada no início da década de 90 pela editora Monalisa).
O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos” de Gian Danton não é indicado apenas para aspirantes a roteiristas, mas também para quem deseja entender um pouco mais o sistema criativo das HQs e o quão repleto de riquezas são essas poderosas ferramentas artísticas de entretenimento e comunicação.
Editora: Marca de Fantasia; ano de 2010; 102 páginas.

sábado, 19 de outubro de 2013

Lourenço Mutarelli Ilustra Cidade de Manaus em Novo Álbum

Érico Assis

14 de Agosto de 2013

Sem periodicidade definida e sempre causando alguma surpresa, o projeto Cidades Ilustradas - que convida quadrinistas para representar grandes cidades brasileiras em desenho - lança mais um volume este ano: Manaus, a cargo de Lourenço Mutarelli.
Com experiência de quadrinista e romancista, Mutarelli não se restringiu apenas às ilustrações. Suas imagens no álbum são acompanhadas de um pequeno conto, distribuído de frase em frase pelas páginas.
Antes com autores estrangeiros - Miguelanxo Prado, David Lloyd, Carlos Nine -, a série Cidades Ilustradas agora tem dado destaque a quadrinistas nacionais: no ano passado, saíram São Luís, por Fábio Moon e Gabriel Bá, e Niterói, por Joaquim da Fonseca.

Cidades Ilustradas: Manaus tem 72 páginas em capa dura e custa R$ 69. O projeto é da editora Casa 21, com distribuição da editoraZarabatana.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Registros da Exposição "Arquivos - Neil Gaiman"

         Abaixo algumas fotos da exposição coletiva itinerante do Clube dos Quadrinheiros de Manaus que homenageia o escritor Neil Gaiman.





























segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mauricio de Souza em Manaus

    Mauricio de Souza vai estar em Manaus para lançar projeto da prefeitura
    Mauricio de Souza vai estar em Manaus para lançar projeto da prefeitura(Reprodução/Internet)
    O cartunista Maurício de Souza, responsável pelos famosos quadrinhos da “Turma da Mônica”, vai estar em Manaus na segunda-feira (23), para inaugurar o projeto "Quadrinho na Escola", que visa incentivar alunos de 1º ao 9º ano a praticar a leitura por meio de gibis.
    O lançamento está programado para acontecer no auditório Eulálio Chaves, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com a presença dos alunos da rede municipal de ensino e da filha do cartunista, Mônica, que inspirou a icônica personagem baixinha e dentuça.
    De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o Projeto vai alcançar mais de 172 mil estudantes e disponibilizando mais de 345 mil obras de Maurício de Souza, dentre elas as aventuras da “Turma da Mônica”, “Pelezinho” e “Ronaldinho Gaúcho”.
    O Projeto contará com a participação de professores, pedagogos e bibliotecários que irão trabalhar com os alunos a leitura e interpretação de texto, produção textual, formação de palavras, escrita correta, entre outros.
    A ideia de usar o gibi como ferramenta pedagógica partiu do Secretário de Municipal de Educação, Pauderney Avelino, que ao visitar as escolas percebeu um déficit de leitura por parte das crianças.
    “Em visita às escolas percebi que havia muitos alunos do 2º, 3º e até 4º ano que não sabiam ler corretamente. Lembrei de quando era criança e como os gibis despertaram meu interesse pela leitura”, afirmou Pauderney.
    Levando a leitura para casa
    Após as aulas, os alunos poderão levar as histórias em quadrinhos para casa e continuar viajando na leitura em seu lar. Para isso, os pais assinarão um termo de compromisso de devolução das obras.
    “A ideia é permitir que os alunos levem a revistinha para casa e compartilhem com os irmãos, mas ao finalizar a leitura devolvam os gibis para a escola”, disse Pauderney.
    'Curumim'
    A obra "O Curumim" do jornalista e cartunista amazonense, Mario Adolfo, também fará parte do acervo de revistinhas do projeto. A história do pequeno aventureiro indígena, conhecido como "o último herói da Amazônia", que este ano completou 30 anos, dará um ar mais regional ao projeto de leitura.