Abaixo, Yonami (que já publicou para Stone Arch
Books, Glyph Productions, Galaxy Graphix, Dynamite, Marvel e DC Comics) fala um pouco de sua
arte, do incrível trabalho da House 137,
da participação em eventos como Festival
Internacional de Quadrinhos e Comic Com
Experience, da exposição OS
FORASTEIROS DA AMAZÔNIA, que terá sessão de autógrafos, além de dar provas
de que isso tudo será apenas o início, de muito que ainda virá por aí.
Clube dos Quadrinheiros de Manaus: Quantos e quais artistas compõem o estúdio
House 137?
Yonami: Cerca de 12 artistas e 6 estagiários.
- Yonami (agente, ilustrador, web e sócio);
Yonami Paulo Teles marcando presença na Comic Con Experience com o House 137 |
- Jucylande Jr. (gerente, ilustrador e sócio);
- Emanuel Braga (web, arte finalista e ilustrador);
- Thiago Rocha (colorista e ilustrador);
- Jahn Cardoso (arte finalista e ilustrador);
- Al Ramon (ilustrador);
- Cesar Edgar (colorista e ilustrador);
- Daniel Lima (ilustrador);
- Vicente Moavero (ilustrador);
- Diego Mendes (ilustrador);
- Ananda Ferreira (ilustradora);
- Gregory Oliveira (ilustrador);
- Glaucio Silva (designer e estagiário);
- Raquel Teixeira (estagiária);
- Erika Yukari (estagiária);
- Rogério Vieira (estagiário);
- Fabian Iturri (estagiário) e
- Deborah Colares (estagiária).
C.Q.M.: Quais os trabalhos mais relevantes do
estúdio House 137?
Yonami: Até então os trabalho nos quais mais nos
destacamos foram os cards
promocionais de filmes da Marvel Studios
(“Avenger
2 - Age of Ultron”, “Ant Man”),
cards DC (Super Villains), quadrinhos fantásticos para editoras européias
(Rage)
e capas para Dynamite (“The Blood Queen” e “Dejah Thoris”).
C.Q.M.: A que se atribui a versatilidade do
estúdio House137 em atuar com cards, quadrinhos e cinema?
Yonami: Duas das coisas com as quais mais precisamos nos
preocupar ao trabalhar com quadrinhos, é justamente a adaptação a um trabalho
enviado por um editor e a agilidade. Esses são pontos fundamentais para
qualquer trabalho. Como agente da Glass
House Graphics, acabei aprendendo isso com David Campiti, e atribuí à minha equipe, aplicando exercícios e
estabelecendo prazos para todos os artistas da equipe.
C.Q.M.: Fale da diferença de traços que o estúdio
House 137 apresenta.
Yonami: Até então trabalhamos com vários estilos,
principalmente os que mais se aplicam ao independente, nos dando uma variação
enorme entre nossos artistas. Posso dizer que dificilmente não haveria trabalho
ao qual não pudéssemos nos adaptar. Por outro lado, dadas exigências de mercado,
também temos artistas focados nos estilos mainstream
(Marvel e DC).
Obviamente, cada um de nossos artistas possui um traço com o qual mais se
identifica e acaba lhe proporcionando mais facilidade para trabalhar. Como
disse Stan Lee: "Estilo é tudo aquilo concebido aos olhos do
desenhista", em outras palavras, é algo tão pessoal que não
conseguimos definir em poucas palavras.
Como diria
Bruce Lee: “Sejamos como a água, e nos adaptemos a qualquer coisa”.
C.Q.M.: O que será apresentado na
Exposição OS FORASTEIROS DA AMAZÔNIA?
Yonami: Teremos obras diversas, dentre as quais
destacam-se nossos principais trabalhos para Marvel, DC, Dynamite, independentes e muitas artes
de acervos pessoais dos próprios artistas, como pinups, designs de
personagens, páginas, trabalhos em preto e branco, além, é claro, de 4 obras
dos nossos artistas convidados - Carlos
Furuzono, Ronilson Freire, Manuel Preitano e Catherine Koht.
C.Q.M.: Agora referindo-se ao traço de Yonami
Teles, qual a maior influência?
Yonami: Tenho várias influências em cada aspecto do meu
estilo. Gosto de dizer que peguei bastante dos artistas que mais admiro, como a
força de Joe Madureira, a elegância
de Chris Bachalo, a graciosidade de Alessandro Barbucci e, principalmente a
narrativa FENOMENAL de Will Eisner,
o PAI dos quadrinhos. Além de toda essa gama de artistas em meus trabalhos, o
movimento Art Nouvéau também é muito
presente nas linhas e formas que uso e nas composições para minhas capas.
C.Q.M.: Qual a sua arte que você a tem como a sua
"Mona Lisa"? A sua obra prima que lhe orgulha em ter feito.
Madika Leona na arte que Yonami tem como sua "Mona Lisa" |
Yonami: A arte que mais gosto, particularmente, foi um
desenho que fiz há pouco tempo, quando precisava desenvolver uma capa para
minha série - Midnight Witch - com
minha personagem Madika Leona. Parei
por um instante e pesquisei os principais trabalhos de Alphonse Mucha, que desenvolvia cartazes maravilhosos no começo do
século XX em estilo Art Nouvéau e
resolvi agregar isso neste trabalho. Fui atrás de imagens da cantora que me
inspirou a desenhar Leona (dez anos atrás), estudei suas principais
características expressivas (seu olhar,
seu sorriso, etc) e fiz uma pinup
com a qual me surpreendo até hoje. Como se não fosse o bastante, pedi para o concept artist finlandês Mikko Kautto colorir a imagem e o
resultado (honestamente), foi muito
além das minhas expectativas. Acredito que foi quase a mesma sensação que o
doutor Frankenstein teve ao ver que
sua criação "ganhara" vida.
Estou mandando ela em anexo.
C.Q.M.: No seu ponto de vista, como se encontra o
mercado de quadrinhos em parâmetros nacionais e internacionais?
Yonami: Recentemente tive conversas com artistas, autores
e editores nacionais que me expressaram opiniões interessantes, fora o fato de
que testemunhei, em eventos como o FIQ
(Festival
Internacional de Quadrinhos) em BH e CCXP (Comic Con Experience) em SP, o QUANTO o mercado independente
brasileiro está crescendo. São muitos os autores que estão produzindo e
publicando por conta própria, e é incrível o quanto as editoras nacionais estão
facilitando isso. Posso estar enganado, mas suspeito (isso é uma opinião pessoal) que devido à crise, as editoras deram
uma freada nos títulos licenciados devido à alta do dólar e resolveram apostar
no que é mais "barato", e
finalmente se atentaram à qualidade dos quadrinhos nacionais.
Quanto ao
mercado internacional, devido às obras adaptadas para o cinema, o mercado mainstream tem crescido bastante, tanto
na América quanto na Europa. Em vista disso sempre há trabalhos disponíveis
para aqueles que mais se destacam, como por exemplo, tenho artistas na Glass House que já trabalharam em
séries como Doctor Who para a Titan Comics, séries como The Evil Within da Bethesda, entre tantas outras franquias de grandes nomes dos games e da TV.
CQM: Quais as próximas metas da House 137 a
pequeno, médio e longo prazo?
Yonami: A curto prazo queremos lançar um de nossos
próprios títulos independentes, via crowdfunding,
junto à editoras nacionais e/ou internacionais, graças a meus contatos no
exterior, e publicá-lo como uma série regular com destaque para artistas famosos
do mercado internacional em nossas capas principais.
A médio
prazo pretendemos promover nosso estúdio com exposições, palestras e
oficinas em eventos em Manaus e no Brasil, bem como já marcamos presença em
eventos como a Comic Con Experience
2015 (foto em anexo) e agora, em Os Forasteiros
da Amazônia. Já temos previsão para outros eventos que serão divulgados
mais pra frente.
A longo
prazo desejamos fazer de Manaus um pólo de criação de quadrinhos, com artistas
trabalhando tanto para o mercado nacional e internacional, o que eventualmente
será consequência das metas citadas acima.
C.M.Q.: Deixe seus contatos e um recado para o
público da exposição OS FORASTEIROS DA AMAZÔNIA.
Yonami: Quem quiser entrar em contato com a House 137 pode nos escrever em - contact.house137@gmail.com ou jyo.woo@gmail.com ou
na nossa fanpage - www.facebook.com/house137
Contamos
com vocês em nossa exposição e, PRINCIPALMENTE na nossa sessão de autógrafos na
manhã do dia 19 de dezembro (sábado),
onde faremos sketches gratuitos,
fotos e venderemos prints
autografados.
Não deixem
de acreditar nos seus talentos, todos nós somos capazes se nos esforçarmos PRA
VALER. Tem uma frase que eu adoro e resume muito bem nossa história como
artistas "algumas montanhas são
escaladas, outras são derrubadas", e é por isso que acredito que
devemos derrubar um gigante diariamente, pra atingirmos nossos objetivos.
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