É comum que surjam lançamentos de
materiais inéditos ou coletâneas “Best of” de um artista quando falecido.
Efeito natural de fãs, amigos ou parentes prestando homenagem tributo e
editoras, gravadoras, emissoras e outras organizações que lucram com o aumento
na demanda de produtos do nome em questão. Com Glauco a coisa não foi diferente. Seu falecimento em março de 2010
inspirou o impresso “Glauco – Geraldão –
Espocando a Cilibina! - Nos Gibis da Circo Editorial”, lançado em 2011 pelo
Grupo Almedina.
Capa do lindo álbum gráfico que remete a reminiscências atemporais
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A coletânea trata-se da junção dos dez
primeiros exemplares da icônica revista “Geraldão”
lançados pela editora Circo (ou Circo
Editorial, como preferirem), todas do final da década de oitenta. Com
todo o primoroso acabamento gráfico que, além de manter o tamanho original da
revista, as ilustrações originais das capas, optou-se por um papel de miolo de
melhor qualidade, capa dura e textos introdutórios na antologia. O conteúdo em
si, está quase todo como as revistas originais. Com a única exceção de terem
excluído os materiais de outros autores, certamente por questões de direitos
autorais. Nesta exclusão está nomes como Laerte,
Luiz Gê, Angeli e outros. O único consolo fica na produção inédita de duas
páginas de Laerte e Angeli, feitas exclusivamente para este
álbum. Outro detalhe que valeu ser mantido, é a hilária sessão de cartas das
revistas (nomeadas como “Sucção de Cartas”), o que hoje
equivaleria a publicação de e-mails
de leitores. Evidente que o destaque maior está no personagem central Geraldão que, nada mais é, do que um alter ego exagerado de Glauco, com toda ênfase na sexualidade,
nas drogas e na personalidade anárquica. Contudo, há histórias com
protagonistas como Casal Neuras, Zé do Apocalipse, Doy Jorge e outros.
Uma ótima opção pra quem não possui
alguns itens da coleção e pra quem quer conhecer a obra de Glauco Villas Boas, “Glauco –
Geraldão – Espocando a Cilibina! - Nos Gibis da Circo Editorial” é um lindo
álbum gráfico que remete o leitor a um grande nome dos quadrinhos nacional, na
reminiscência de uma época, com traços e textos que soam totalmente atemporais.
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