Lançado no ano de 1997 pela DC Vertigo, esta mini série quinzenal em três edições, já chegou a sair recentemente em formato encadernado nos comic books luxuosos de capa dura, que agregam várias histórias do universo Sandman e custam mais caro que um membro do corpo. Bons tempos estes quando as bancas de revistas se entupiam com lançamentos de quadrinhos adultos, fazendo a alegria e esvaziando os bolsos de toda pessoa que gostava de boa HQ.
A história de Neil Gaiman narra o drama de uma cantora rockeira lésbica que, no auge de seu sucesso, vê sua carreira ameaçada com a necessidade de assumir o seu relacionamento gay, e no ápice de sua crise existencial, conhece a sensual irmã de Morpheus. O clima não é o mais sombrio já expresso pela Morte, mas as características góticas estão lá, como sempre onipresentes nas páginas escritas por Gaiman.
Os desenhos ficaram por conta do inglês Mark Buckingham (amigo pessoal de Gaiman, que além de já ter feito muita coisa para a DC comics, também já fez Homem Aranha e Motoqueiro Fantasma 2099 para a Marvel) é simples, mas preciso com anatomia cirúrgica e fotografia televisiva. E também por conta do ótimo desenhista americano Chris Bachalo (já desenhou outra série da Morte, várias histórias dos X-Men dentre outros trabalhos da Marvel), que tem um aspecto mais cinematográfico em seus quadrinhos. As capas evidentemente com a linda arte de Dave McKean que mistura desenho, pintura, fotografia e computação gráfica. O trabalho de cores ficou para Matt Hollingsworth que não acrescentou nada de especial, deixando o destaque mais para o roteiro em si.
Em suma, Morte – O Grande Momento Da Vida, é uma novela curta que ilustra muito bem o carisma desta personagem sedutora que um dia encantará cada um de nós.
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